domingo, 30 de outubro de 2011

Dúvida,

Duvide de tudo o que ouve e o que te passam como verdade, busque outras fontes, não acredite de primeira

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Primaveril,

A semente que nasceu em 1848 guiou o rumo do mundo todo o século seguinte. Foi ela a base para a Revolução Russa do início do século passado, com a revolução se instaurou a primeira república de caráter socialista, e essa república foi uma das protagonistas da Guerra Fria, por exemplo.
Agora, se na Primavera dos Povos a organização do proletariado e do povo contra as forças de opressão resultaram nisso, imagine se isso ocorresse novamente agora, o que iria acontecer?
O capitalismo passou por algumas crises, a que sucedeu a década de 1840, uma crise de superprodução e pouco consumo, poderia ter levado a sistema para baixo, não fosse a solução que os capitalistas encontraram.
Essa solução foi o imperialismo, criar um mercado consumidor na África e explora-la, bem como em outras colônias pelo mundo. Isso ocasionaria a primeira guerra mundial.

Mas o que eu queria escrever era que, voltando lá, nessa Primavera dos Povos "Árabe" , com ondas revolucionárias não só pelos países Árabes, como também na Itália, Grécia e no próprio Estados Unidos, apesar de não possuírem todas objetivos idênticos, são parecidas.
Se na África o objetivo era tirar regimes autoritários do poder, nos outros países essa luta é contra o próprio sistema, cada vez mais bem observado pelas pessoas.
Em comum, essas revoluções são organizadas e realizadas pelo povo, com ferramentas modernas como a internet e se, em 1848 já causou em "estrago" enorme do século seguinte, o que essas irão causar?
E a nova crise em que se encontra o sistema, como ele a irá superar? Já usaram a Guerra para superá-la, a submissão de outros povos, mas agora, num mundo ao mesmo tempo mais alienado e mais atento, qual solução?
É claro que essas revoluções tem que ser organizadas e com um propósito, pois, muitos apenas lutam para amenizar a opressão do sistema atual, não sabendo como, apenas querem isso. Não basta, é necessário além da organização, um plano para o futuro, como se luta contra algo apenas para tirá-lo do poder? As chances de vencer são menores.
Se tudo ocorrer bem, aprendermos com nossos erros passados e lembrarmos da história, não será mais uma utopia não alcançada, pode dar certo e, não digo derrubar o sistema atual, mas mudá-lo a favor da maioria que sempre foi discriminada.
Nunca estivemos tão perto disso e ao mesmo tempo tão longe, um passo numa direção consolida o capitalismo mais uma vez o retirando da crise, um passo um pouco mais ao lado, gera esperanças de mudanças.
Será que era isso mesmo que eu queria escrever?


Primavera,

Os ideais difundidos na Revolução Francesa que procuravam garantir o direito à liberdade e propriedade, à igualdade perante a lei e a resistência à opressão para todos não se perderam completamente com o fim dela.

As monarquias absolutistas européias se esforçaram para extinguir esse pensamento revolucionário francês que tanto as ameaçava, o maior exemplo disso é o Congresso de Viena de 1815, onde as monarquias poderosas da Europa formaram uma aliança, prometendo ajuda mútua contra qualquer revolta desse tipo. O que não impediu que ideias liberais nascidas na Revolução Francesa se difundissem pelo velho continente no início do século XIX.

Porém, as políticas repressoras contra a população não bastaram e após 2 anos de péssimas colheitas entre 1846 e 1848 e da queda do consumo de produtos industrializados que demitiu milhares de operários, revoluções começaram a surgir ao mesmo tempo por toda a Europa.

Essa época de revoluções de caráter operário no ano de 1848 ficou conhecida como primavera dos povos.Ela derrubou a monarquia francesa instaurando uma república parlamentar, fez surgir levantes populares na Alemanha, Áustria e Itália e é muito importante para a história da luta de classes pois nela, pela primeira vez, o operário se politizou como força autônoma e exerceu seu protagonismo tomando partido próprio e lutando pelos seus interesses.

Essas revoluções tinham a perspectiva de um amanhã que não fosse apenas a continuação do hoje, mas que incorporasse conquistas para essa classe.

Após a primavera dos povos, a Europa não se transformou definitivamente, mas essa organização política dos operários fez com que eles adquirissem consciência do seu papel e da sua importância e possibilitou que se organizassem em futuras revoltas, como a Comuna de Paris e a Revolução Bolchevique.

Durante a primavera dos povos, Karl Marx publicou o Manifesto Partido Comunista, que defendia a mobilização dos trabalhadores e sua politização. Na mesma época também ocorreu a primeira grande crise do capitalismo, com a sobreprodução e a falta de consumidores, a solução para essa crise foi encontrada posteriormente no imperialismo.