quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Primaveril,

A semente que nasceu em 1848 guiou o rumo do mundo todo o século seguinte. Foi ela a base para a Revolução Russa do início do século passado, com a revolução se instaurou a primeira república de caráter socialista, e essa república foi uma das protagonistas da Guerra Fria, por exemplo.
Agora, se na Primavera dos Povos a organização do proletariado e do povo contra as forças de opressão resultaram nisso, imagine se isso ocorresse novamente agora, o que iria acontecer?
O capitalismo passou por algumas crises, a que sucedeu a década de 1840, uma crise de superprodução e pouco consumo, poderia ter levado a sistema para baixo, não fosse a solução que os capitalistas encontraram.
Essa solução foi o imperialismo, criar um mercado consumidor na África e explora-la, bem como em outras colônias pelo mundo. Isso ocasionaria a primeira guerra mundial.

Mas o que eu queria escrever era que, voltando lá, nessa Primavera dos Povos "Árabe" , com ondas revolucionárias não só pelos países Árabes, como também na Itália, Grécia e no próprio Estados Unidos, apesar de não possuírem todas objetivos idênticos, são parecidas.
Se na África o objetivo era tirar regimes autoritários do poder, nos outros países essa luta é contra o próprio sistema, cada vez mais bem observado pelas pessoas.
Em comum, essas revoluções são organizadas e realizadas pelo povo, com ferramentas modernas como a internet e se, em 1848 já causou em "estrago" enorme do século seguinte, o que essas irão causar?
E a nova crise em que se encontra o sistema, como ele a irá superar? Já usaram a Guerra para superá-la, a submissão de outros povos, mas agora, num mundo ao mesmo tempo mais alienado e mais atento, qual solução?
É claro que essas revoluções tem que ser organizadas e com um propósito, pois, muitos apenas lutam para amenizar a opressão do sistema atual, não sabendo como, apenas querem isso. Não basta, é necessário além da organização, um plano para o futuro, como se luta contra algo apenas para tirá-lo do poder? As chances de vencer são menores.
Se tudo ocorrer bem, aprendermos com nossos erros passados e lembrarmos da história, não será mais uma utopia não alcançada, pode dar certo e, não digo derrubar o sistema atual, mas mudá-lo a favor da maioria que sempre foi discriminada.
Nunca estivemos tão perto disso e ao mesmo tempo tão longe, um passo numa direção consolida o capitalismo mais uma vez o retirando da crise, um passo um pouco mais ao lado, gera esperanças de mudanças.
Será que era isso mesmo que eu queria escrever?


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